Jose Amorim de Andrade
Exsudato: buscando o equilíbrio
Como especialista em tratamento de feridas, você está familiarizado com os efeitos do meio úmido na cicatrização das feridas: o leito da ferida deve ter uma umidade equilibrada e adequada para a uma boa evolução.

O leito de feridas secas precisam receber umidade, e as feridas muito úmidas devem ter o excesso removido.
De que maneira a composição do exsudato da ferida afeta a sua cicatrização?
O exsudado da ferida aguda - atenção: ferida aguda - tem proteínas, nutrientes essenciais para as células epiteliais, eletrólitos, fibrinogênio, leucócitos e fibrina, todos eles estimulando a cicatrização.
Um exsudado deste tipo e em pequenas quantidades ajuda a ferida a manter o seu equilíbrio e seguir rumo à cicatrização.
Já o exsudado da ferida crônica, contudo, contém enzimas ativas degradantes que normalmente ajudam a remover os seus detritos através do desbridamento autolítico, preparando a ferida para a cicatrização. Nas feridas crónicas, estas enzimas podem ter uma presença prolongada no leito, contribuindo para a sua cronicidade. Além disso, o exsudado da ferida crônica tem níveis elevados de metaloproteinases da matriz (MMPs) que precisam ser controlados.
Se o exsudato na ferida crônica ficar acumulado e por tempo prolongado, a ferida estará em risco de:
Maceração
Infecção
Retardo da cicatrização
Em feridas crónicas, o exsudado é prejudicial e está presente em quantidades mais elevadas do que em feridas agudas. Deve-se estabelecer uma estratégia eficaz de controle desse exsudado nestas feridas, um plano que remova o exsudado excessivo, mantendo ao mesmo tempo um ambiente úmido que conduza à sua cicatrização.
1. Cutting KF. Wound exudate: composition and functions. Br J Community Nurs. 2003;8(9 suppl):4- 9
Tradução livre de mala direta recebida de Medela HC-Information@medela.com
por dr. josé amorim de andrade